O Tesouro Perdido. Esta semana oferece uma energia especial para nos conectarmos com o poder da renovação – sermos transformados, recém-abertos para receber a Luz do Criador. | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
![]() Quando D'us chamou Moshê para entrar no Santuário pela primeira vez, o versículo declara:1 Vayicrá el Moshe, “E D'us chamou Moshê.” A palavra Vayicrá está escrita com um pequeno alef, e o Baal HaTurim, em seu comentário sobre este versículo, diz que Moshê escreveu o alef menor que as outras letras, por humildade. Embora Moshê fosse destacado entre todos os judeus e escolhido para comunicar-se diretamente com D'us, ele minimizou a importância disso escrevendo a palavra como se fosse vayikar – “e D'us aconteceu sobre Moshê.”2 Moshê foi a pessoa mais humilde na face da terra.3 Certamente Moshê sabia que era o escolhido por D'us para redimir os judeus do Egito, para abrir o mar, para receber a Torá, e para levar os judeus através do deserto. Apesar disso, Moshê continuou humilde porque pensava que se alguém mais tivesse nascido com as mesmas qualidades que ele possuía, aquela pessoa teria superado suas próprias realizações. No mesmo tom, Rav Yossef, um sábio talmúdico, disse sobre si mesmo que era um homem incomumente humilde, a par com as pessoas extremamente humildes das gerações anteriores.4 Embora ele reconhecesse a própria humildade, não se diminuiu.5 A importância da humildade Sobre humildade e arrogância, está escrito:6 Se alguém é humilde, é como se tivesse oferecido todos os sacrifícios.7 D'us responde às preces de uma pessoa humilde.8 Aquele que é humilde está perto de D'us (i.e., D'us reside dentro dele).9 Apesar do fato de Moshê ser notável em profecia, Torá e sabedoria, a qualidade que D'us julgou apropriado mencionar na Torá foi sua humildade.10 Alguns são da opinião de que a verdadeira humildade é o nível espiritual mais elevado que pode ser alcançado.11 Por este motivo, Yeshayahu se refere ao povo judeu como “os humildes”.12 Aquele que se eleva (i.e., se comporta com arrogância), D'us o trará para baixo. Sempre que alguém se rebaixa (i.e., se comporta com humildade), será elevado por D'us.13 O temor a D'us é considerado uma “coroa” para sabedoria (i.e., um nível mais alto que a sabedoria), mas é uma “sandália” (i.e., um estágio preparatório) para a humildade.14 Quem merece o Mundo Vindouro? Aquele que é humilde, se posta com humildade, caminha humildemente e estuda Torá constantemente – porém não aceita o crédito para si mesmo.15 D'us escolheu o povo judeu por causa da sua humildade e da humildade dos Patriarcas.16 Atingindo a Humildade Uma das maneiras de se atingir a humildade é contemplar o fato de que viemos de uma mera gota, e que terminaremos por retornar ao pó.17 Os mestres chassídicos explicam que quanto mais alguém é anulado perante D'us, mais humilde se torna face à infinita grandeza de D'us.18 E especificamente quando uma pessoa experimenta a bondade de D'us, ele deveria sentir-se humilde.19 A Extensão da Humildade Embora geralmente a pessoa deva se esforçar rumo à média em todos os traços de caráter (ex., não deveria ser avarento nem doar tudo que possui), no traço de humildade a pessoa deve ir ao extremo e ser completamente consciente. Como ensinou Rabi Levitas de Yavne: “A pessoa deve ser inexcedivelmente humilde.”20 De modo semelhante, Rabi Nachman bar Yitzchak disse: “Não se deve ter [arrogância], nem mesmo um pouquinho.”21 Essa qualidade era exibida por Hillel que, apesar da sua estatura como líder do Sanhedrin, respondia pacientemente as perguntas de todos, mesmo se fossem feitas em horas inoportunas.22 Sinais de Humildade Há muitos sinais da verdadeira humildade. Alguns deles são: Se você consegue perdoar alguém que agiu mal com você, embora você tenha o poder de se vingar. Como diz o versículo: “Não diga: ‘Assim como ele fez comigo, farei a ele; pagarei o homem de acordo com o seu ato.’”23 Se tempos difíceis se abatem sobre a pessoa, ela deveria humildemente aceitar o julgamento de D'us com amor, sabendo que por algum motivo merece essa dificuldade. Como declarou o Profeta Amos: “O sábio naquela hora deve se manter silente.”24 Mesmo que alguém receba homenagem de outras pessoas, deve acostumar-se a permanecer humilde. Nosso Patriarca Avraham se comportava dessa maneira. Quando os hititas de Hebron lhe disseram: “Você é um príncipe de D'us entre nós,”25 ele se inclinou na frente de todo o povo daquela terra.26 Mesmo que uma pessoa atinja um alto grau em sabedoria, riqueza ou poder, deveria permanecer humilde e continuar se comportando como fazia antes. Como disse o Rei Shelomô: “Se o espírito do governante ascende sobre ti [i.e., se você é elevado a um cargo de honra pelo rei], não deixe seu lugar [posição prévia de humildade].”27 Se uma pessoa vê o sofrimento se abatendo sobre ela, deve imeditamente se arrepender de seus erros e não adiar isto por causa da arrogância. Quando Ezra repreendeu os antigos exilados babilônicos pelos seus pecados, eles se arrependeram imediatamente.28 Alguém que é realmente humilde dividirá suas posses com outros, porque não se sente merecedor de levar uma vida de riqueza enquanto outros levam uma vida de privação. Nosso Patriarca Avraham se comportava dessa maneira. Ele foi o paradigma da humildade, pois disse: “Eu sou pó e cinzas.”29 Ele também distribuía livremente sua riqueza aos outros.30 Os Efeitos da Arrogância Se alguém é arrogante, D'us diz: “Eu e ele não podemos habitar juntos.”31 D'us “despreza” aqueles com um coração arrogante.32 O Talmud diz33 que o pecado da arrogância pode ser comparado a muitos pecados graves. Quando alguém é arrogante, é considerado como se ele estivesse: 1 – Servindo a ídolos 2 – Negando o Criador 3 – Engajando-se em relações sexuais proibidas 4 – Construindo um local de idolatria fora do Templo Sagrado Devido à arrogância, até um homem que caso não a tivesse tem de sofrer a experiência do purgatório.34 Na verdade, ele não é merecedor de ser ressuscitado na época da ressurreição.35 Quando D'us concede grandeza a uma pessoa, Ele pretende que isso se estenda a todos os seus descendentes. Mas se ele se torna arrogante, D'us o rebaixará.36 A arrogância de Jeroboam (o primeiro rei das dez tribos do norte] causou sua morte.37 Se um homem sábio se torna arrogante, a sabedoria lhe será tirada. Se um profeta se torna arrogante, ele perderá sua profecia.38 Os reis não-judeus Faraó, Senacherib, Nebuchadnezzar e Hiram, todos perderam seus reinos como resultado da arrogância.39 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Torá: A Única Verdade?
Por Tzvi Freeman
A Torá é a verdade completa? Toda a verdade, no sentido que nenhuma outra fonte tem alguma verdade que não esteja na Torá? Ou é possível que alguma outra fonte de sabedoria tenha uma outra parte da verdade que pareceria diferente, mas na verdade seria complementar e não mutuamente exclusiva? A Torá é uma verdade ou é a verdade? Esta é uma das perguntas que realmente vai ao fundo das coisas. Posso citar declarações como: “A Torá de D’us é completa”1 ou, “Não há a menor coisa que não seja citada na Torá”2, ou ainda: “Toda sabedoria e todo evento que jamais acontecerá está incluído nos Cinco Livros de Moshê.”3 Incluindo alguma exclusividade: “Não há outra verdade, exceto a Torá.”4 Há uma bela, liberal e universalista citação do Talmud: “Se lhe disserem que há sabedoria entre as outras nações, acredite neles. Se lhe disserem que há Torá entre as nações, não acredite neles.” (Midrash Rabá, Eichá, 17) Você poderá então argumentar que o Talmud está dizendo que existe sabedoria que não é Torá. Mas acabamos de dizer que a Torá é a exclusiva verdade! Então, se a Torá tem direitos exclusivos sobre a verdade, que tipo de sabedoria existe que não seja verdade? Maimônides aceitou aquela última declaração do Talmud de maneira bem prática. A respeito de estudar astronomia com os escritos dos gregos idólatras, ele escreve: “Aceita a verdade, venha de onde vier.”5 Tudo bem, então ele se qualifica dizendo que esta sabedoria estava originalmente entre a Tribo de Yissachar mas se perdeu para os judeus, portanto agora temos de restaurá-la aprendendo com os gregos. Assim, também, outros escrevem sobre todas as ciências que aprendemos com os gregos, persas ou seja lá quem for – elas todas se originaram de Avraham e mais tarde de Shelomo mas ficaram perdidas, somente para as recuperarmos com as outras nações. Apesar disso, o que isso diz para a alegação abrangente, exclusiva da Torá sobre a verdade? Se “a Torá é completa” e não há “outra verdade exceto a da Torá” então por que Maimônides precisou estudar Ptolomeu (e Aristóteles, Galeno e Averroes)? Quantas verdades existem? Você conhece o ditado: “Ponha dois judeus juntos e haverá três opiniões.” Bem, isso não é novo. Duvido que exista um tema na Torá que não tenha sido sujeito a debates – e os lados com freqüência tomam lados extremos. Não estamos falando apenas sobre qual cadarço do sapato amarrar primeiro (na verdade, isso é algo sobre o qual eles concordam). Estamos falando sobre debates como aqueles das escolas de Hilel e Shamai: qual veio primeiro, o céu ou a terra?6 Foi melhor para o homem ter sido criado ou somos os derrotados neste jogo?7 Olhe o que está por trás de todos estes argumentos, e você encontrará um tema comum: “Devemos ser idealistas ou pragmatistas?” Ora, se você ainda não consegue se decidir sobre algo assim, como reivindica os direitos exclusivos, abrangentes, da Torá? O debate idealista/pragmatista deixa uma trilha longa e ininterrupta através dos campos de batalha da Torá, de Moshê a Shelomô ao Talmud, de Maimônides aos cabalistas até os dias de hoje: o ascetismo é um bom caminho ou D’us deseja que desfrutemos Seu mundo? O que tem prioridade, o estudo ou as boas ações? Quem é mais elevado, o puro, imaculado tsadic ou o pecador arrependido? Como recebemos a suprema recompensa, como uma alma sem um corpo, ou como uma alma dentro de um corpo? Existem assuntos ainda mais fundamentais sob discussão – como por exemplo, quais são os princípios básicos da Fé Judaica? Maimônides relaciona treze, Rabi Yossef Albo em seu Sefer Ha-Ikrim argumenta que há na verdade apenas três. Outros dizem que toda a noção de contar princípios é insustentável. Maimônides, por exemplo, conta a crença de que D’us é não-corpóreo como um princípio básico. Ele escreve que quem acredita que D’us tem um corpo perde o direito à sua porção no Mundo Vindouro. Rabi Avraham ibn David (“O Raavad”) ataca sua declaração, dizendo que muitos judeus que são melhores que ele – Maimônides – (!) lêem as Escrituras e ingenuamente entenderam que D’us tem um corpo. Portanto escrevemos alguma coisa, você lê e a aceita literalmente, e depois nós o atiramos para fora da festa – isso é justo? Certo, ninguém está discutindo se D’us tem um corpo ou não. Também não se está discutindo a veracidade de qualquer outra coisa que Maimônides tenha escolhido rotular como princípios. Trata-se apenas que um diz que o Judaísmo é isso, o outro diz não, é aquilo, e um outro ainda diz que não é nenhum daqueles. Mas o fato de poder existir contenda sobre a própria definição da crença judaica é nada menos que assombroso. Se não conseguimos definir nosso sistema de crença, como podemos reivindicar “A Verdade”? Tenho mais uma: Alguns cabalistas escrevem que nossa Torá ensina que D’us criou um “espaço vazio” dentro de Seu Ser no qual criou o mundo – isso significa que Ele não está aqui em nosso mundo. Outros insistem que esta constrição (tzimtzum) não é literal, mas um espelho com um lado no qual o mundo se vê como habitando um espaço vazio de D’us, mas na verdade, “a existência inteira está repleta com Sua presença” e “não há lugar sem Ele,” Não importa como a dialética funciona, se D’us está ou não aqui me parece bastante fundamental. Então digamos que podemos voltar àqueles Sábios do Talmud que se revelaram nesta atmosfera de debate e proliferação de idéias, e perguntamos a eles esta questão candente: Como avalia esta atitude da Torá ser A Verdade? A Verdade não deveria falar com autoridade, com certeza e livre de todas as ambigüidades? Aqui, finalmente, há um consenso – que é um retumbante “Não!” Nas palavras da voz vinda do Céu, ouvida pelos alunos de Hilel e Shamai após muitos anos de um dos debates mais acalorados: “Ambas são as palavras do D’us vivo.” Um pouco mais poeticamente, nas palavras de Rabi Elazar ben Azariah: … estes são os alunos dos Sábios que se sentam em grupos e se ocupam com a Torá. Estes declaram algo impuro e aqueles o declaram puro. Estes proíbem e aqueles permitem. Estes declaram algo como casher e aqueles o declaram impróprio. Talvez uma pessoa diga: “Nesse caso, como posso estudar Torá?” Isso é o que aprendemos: Tudo foi dado por um único pastor [i.e., Moshê]. Um D’us os deu, um líder falou pela boca do Mestre de Todas as Coisas, bendito seja. Como está escrito: “E D’us falou todas estas coisas, dizendo…” Você, também, deve fazer seu ouvido como um moedor e adquirir um coração compreensivo para escutar as palavras de todas estas opiniões.8 Isso significa que nem sequer podemos perguntar a verdade a D’us. De fato, o Talmud nos diz: quando os anjos ministrantes fora a D’us perguntar quando é a Festa da Lua Nova, Ele lhes disse: “Por que Me perguntam? Vamos até a corte terrena dos Sábios perguntar o que eles decidiram.”9 E o que fazer, então, dos assuntos que eles nunca conseguiram decidir? Isso significa que D’us também não pode decidir? Repensando a Verdade Então, qual é a definição da verdade, se nem mesmo D’us pode decidir? Como alegamos direitos exclusivos sobre a Verdade quando você nem pode concordar – D’us nem pode decidir – qual é a Verdade? Obviamente, temos de repensar a idéia da verdade. Talvez não haja uma informação definitiva que seja a verdade definitiva (como no Hitchiker’s Guide to The Galaxy, de Douglas Adams, onde ele aprende que a verdade definitiva é a 46). Talvez a verdade não seja um fato, afinal. Talvez a verdade seja mais como um processo. Vamos fazer uma pausa para uma bela história: Em 1921, Rabi Yossef Yitschac Schneersohn de Lubavitch foi intimado por um dos escritórios do novo regime bolchevista. Ele foi solicitado a esclarecer um assunto: A religião judaica apóia a monarquia ou o comunismo? Aquilo não era exatamente um agradável chá com biscoitos – havia muito perigo envolvido. No estilo que lhe era típico, o Rabino determinou que falaria a verdade, não deixando margem para ambigüidade sobre suas opiniões. Então ele relatou a seguinte história: “Em uma de minhas viagens a S. Petersburgo – foi no inverno de 1913 – eu viajava num vagão de segunda classe e meus companheiros de viagem eram empregados do governo e cléricos cristãos espiritualistas. “Naquele ano, a Rússia estava celebrando o 300º aniversário de governo da Família Romanov. Meus colegas de viagem se envolveram numa acalorada discussão sobre a monarquia em geral. A questão central era: Como a nossa sagradaTorá entende a monarquia? Alguns disseram que a Torá apoiava a monarquia. Outros argumentaram que a Torá era socialista. Um deles falou que ela é obviamente comunista. “A princípio, não tomei parte na discussão. Mas então entraram alguns judeus, bons amigos meus, e eles insistiram para que eu declarasse a minha opinião. Então eu disse o seguinte: ‘Todos vocês, com todas as suas variadas opiniões, todos estão corretos. Cada partido – monarquia, socialismo, comunismo – todos têm prós e contras. É um bem conhecido princípio de filosofia que não há nada bom sem algo de mau, e que não há nada mau sem algo de bom. Em tudo que é bom pode-se encontrar algum mal misturado, e em tudo que é mau se vê um pouco de bem. Porém este axioma somente se aplica às idéias criadas pelo homem. A sagrada Torá, no entanto, outorgada pelo Criador do mundo, bendito seja, engloba apenas os aspectos positivos de cada idéia. Portanto, cada um de vocês encontra em nossa sagrada Torá apenas os aspectos positivos de seu partido.10” O Rebe (Rabi Menachem Mendel Schneerson, genro e herdeiro de Rabi Yossef Yitschac) referiu-se certa vez a esta história e acrescentou: Mas esta ainda é apenas a sabedoria da Torá. Não é a essência da Torá.11 Qual é a essência da Torá? A essência da Torá, explicou o Rebe em diversas ocasiões,12 é a Halachá – o poder de decidir o que D’us deseja que façamos aqui e agora. Em outras palavras, desde que você esteja no âmbito da sabedoria, toda a sabedoria é relativa. O intelecto, por sua própria formação, não pode determinar a verdade absoluta. Se a sabedoria não deixa espaço para um opinião divergente, você sabe que não é mais sabedoria. Porém a Torá vai além da sabedoria. A Torá fala sobre o certo e o errado, do bem e do mal – i.e., aquilo que D’us deseja que façamos e não façamos em Seu mundo. A sabedoria não pode determinar nada disso. A sabedoria pode apenas dizer: “Se você fizer isso, acontecerá aquilo. Se quiser conseguir isto, faça isto.” Somente a Torá pode dizer o que D’us deseja que você faça e consiga. Nenhuma outra sabedoria sequer reivindica este feito (outra que não aquelas, obviamente, que baseiam sua autoridade na Torá). E o mais surpreendente sobre a Torá: Aquela determinação é feita “aqui” e não “lá em cima.”13 A Halachá acontece aqui na terra. Em outras palavras, D’us investiu Sua vontade num processo humano. A Não-Ideologia Rabi Avraham Yitschac Kook (um dos mais importantes místicos judeus e pensadores do século 20) relatou isso dessa maneira?14 “Como é (estou parafraseando) que os autores atuais tentam definir a alma do Judaísmo, dizendo: ‘A Torá diz assim; a ideologia do Judaísmo é tal e tal?’ Não existe ideologia do Judaísmo. Ao contrário, a Torá contém todas as verdades que estão ali – incluindo aquelas que se contradizem umas às outras. “Tudo é abraçado em sua alma” – ele escreve – “isso inclui todas as inclinações espirituais, as abertas e as ocultas, numa generalização mais alta, assim como tudo está incluído na absoluta realidade do Divino. Toda definição como esta no Judaísmo é heresia e é análoga a estabelecer um ídolo ou uma imagem para explicar o caráter de D’us.” E então Rabi Kook compara a Torá versus sabedoria ao humano versus animais. Existem muitos animais, escreve ele, que superam os seres humanos até em tarefas intelectuais (tente encontrar o caminho de casa a 700 quilômetros de distância, orientando-se via aérea, tecer uma teia simétrica…). A vantagem do intelecto humano não é necessariamente saber, mas discernir. Em outras palavras, a capacidade de gerar uma pletora de perspectivas, possibilidades, hipóteses variadas – e depois analisar cada uma delas para determinar qual funciona melhor nesta situação. Enquanto uma aranha tece sua teia porque é isso que as aranhas fazem, um urso apanha peixes da maneira que sabe fazer (e os come quando está faminto), um ser humano se senta e analisa diversas possibilidades, determina qual delas deverá funcionar melhor para ele e então a adota. Isto é o que Benjamin Bloom chama de “avaliação” – e classifica no topo de sua taxionomia do aprendizado. Não sei se os animais fazem isso ou aquilo – e este não é, na verdade, aonde Rabi Kook quer chegar. O ponto é que os seres humanos estão num departamento totalmente diferente neste aspecto. E a Torá também. Qualquer um que esteja familiarizado com o estudo de Torá sabe que é disso que se trata. Assim que você começa a estudar a primeira linha de Bereshit, aprende que não pode ser lida com uma única interpretação. Isso não pode significar apenas que D’us criou os Céus e a terra do nada, porque há muitas maneiras mais fáceis de dizer isso. Em seu primeiro estágio do estudo de Torá, você é apresentado a conflitos e nós para desatar e sinais para interpretar. O estudo de Torá é toda sobre um processo, em vez do conteúdo – como abordar um problema, como gerar diversas perspectivas, como analisá-las e compará-las, como determinar qual delas funciona melhor como leitura do texto, qual funciona melhor como aplicação prática, qual funciona melhor como lição ética – e por aí adiante, literalmente sem fim.15 A Torá não é sobre as idéias de D’us. A Torá é sobre como D’us pensa sobre estas idéias – mas usando nossas mentes humanas. Porém a Torá é particularmente sobre como chegamos a uma decisão definitiva. Ser Verdade Agora fica mais fácil ver como uma Torá que faz uma reivindicação exclusiva da verdade não tem escrúpulos sobre “pegar a verdade de onde quer que ela venha”. A verdade da Torá está principalmente em seu processo de avaliação e discernimento entre idéias.16 Se alguém mais fez um estudo valioso destas idéias, desenvolvendo-as e expondo os assuntos – tanto melhor. Agora cabe ao processo da Torá determinar se os axiomas sobre os quais isso se baseia são aceitáveis ou não, se isso é algo que D’us deseja em Seu mundo agora ou não, como isso deveria ser usado e para quê.17 É assim que Rabi Schneur Zalman de Liadi descreve a verdade da Torá no capítulo 5 do Tanya: Quando a mente humana está absorvida em compreender que se o Sr. Simon argumenta assim e Reuven argumenta de modo diferente, então a Halachá será tal e tal – esta é a Torá e esta é a Verdade. Não que ele esteja aprendendo sobre a Verdade. Ao contrário, ele está “pensando com a mente de D’us”. Ele está sendo a Verdade. Aquele estado de ser, aquela experiência, aquele processo, aquilo em si é a Verdade. Portanto quando – depois de uns duzentos anos – a Halachá é determinada para ser segundo Maimônides e não seus detratores, esta é a Verdade (note o "V" maiúsculo). Ou seja, o ato de nós, simples seres humanos, ou seja, o povo judeu, determinar o que é a Halachá, isto é a Verdade. Torá Sinérgica Esta é a explicação por trás de um fenômeno chocante: é difícil pensar sobre um tema que surgiu, seja na ciência, política ou ideologia, que não tenhamos encontrado algum reflexo disso na Torá. Agora isso faz sentido: para que a Torá nos possibilite tomar decisões sobre todo assunto, todas estas idéias são encontradas – pelo menos em algum estado abstrato, primitivo – dentro da própria Torá. Como um exemplo, terminarei com uma outra história: Numa audiência privada, o Rebe explicou a um professor de Química que toda idéia da ciência pode ser encontrada na Torá. O professor não ficou impressionado. Portanto o Rebe perguntou: “Qual é a sua pesquisa atual?” Ele estava investigando a sinergia da combinação química. Resumindo, isso significa que a força de uma combinação química é maior que a soma de suas partes. O Rebe então tirou um livro da prateleira – um livro que continha responsas do Rabi Saadia Gaon, um sábio do Século Dez. Ele mostrou ao professor uma passagem onde Rabi Saadia explicava a proibição de comer em Yom Kipur. Se uma pessoa não está se sentindo bem para jejuar em Yom Kipur, deveria comer em porções pequenas, menores que uma tâmara. Mesmo que termine ingerindo o equivalente a uma refeição grande, esta é uma violação menos séria do jejum, segundo o Talmud, que comer uma refeição inteira de uma vez. Rabi Saadia continua explicando: “Veja você” – escreve ele – “o todo é maior que a soma de suas partes…" O ponto da história não é que podemos deixar a Química de lado e estudar somente Torá o dia inteiro, e ainda termos TeflonTM e SuperbonderTM. O ponto é que temos mais uma prova, dentre muitas, que a Torá contém o cerne de toda verdade. Mas esta não é a verdade da Torá. A verdade da Torá é de que maneira podemos discernir como estas verdades devem ser usadas para cumprir o plano Divino. E isso somente pode ser encontrado na Torá. 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Ciência e matemática não são conjuntos de fatos, mas sim abordagens para criar conjuntos de princípios válidos cumulativos. Somente a Torá é abrangente, incluindo esferas da ética e teologia. Nem a ciência nem a matemática podem lhe dizer o que fazer com a sua vida. Além disso, a Torá, como explicamos aqui, chega a conclusões absolutas. Todas as verdades da ciência são relativas, pois confiam em axiomas que não podem ser verificados. 16. A rejeição deste conceito é o que está na base da heresia Caraíta. Os Caraítas se recusaram a reconhecer a autoridade Divina nas decisões rabínicas – em outras palavras, eles apenas perceberam o Divino no conteúdo da Torá, mas não em seu processo contínuo. 17. O processo em si é um estudo para a vida toda. Apesar disso, vale a pena mencionar aqui os passos básicos envolvidos em gerar a Halachá: 1) A Halachá é determinada por um corpo judicial universalmente aceito por aqueles judeus que vivem segundo a Halachá. Este corpo é chamado Sanhedrin, e foi dissolvido pouco depois da destruição do Segundo Templo. Desde então, a Halachá universal tem sido determinada por autoridades mundialmente aceitas, conhecidas por sua fluência na Lei da Torá e temor ao Céu. Mesmo então, suas leis geralmente são aceitas somente depois de um período de debate e aperfeiçoamento que pode durar anos, até um século ou mais. 2) Qualquer lei haláchica deve ser extensivamente baseada em precedentes e em formas estabelecidas de análise talmúdica. Decretar por persuasão pessoal, Divina profecia ou experiência mística não conta. 3) Uma lei que não seja aceita pela comunidade em geral dentro de um período de tempo razoável é como nunca tivesse sido feita – independentemente de quantos Sábios de qualquer calibre a tenham decretado. Um costume mundialmente aceito pela comunidade observante da Halachá também atinge o status de Lei. Por Tzvi Freeman Rabino Tzvi Freeman, editor sênior de Chabad.org, também lidera nossa equipe Pergunte ao Rabino. É autor de Trazendo o Céu para a Terra. Para inscrever-se e receber atualizações regulares sobre os artigos de Rabino Freeman, visite os Freeman Files. O conteúdo desta página possui copyright do autor, editor e/ou Chabad.org, e é produzido por Chabad.org. Se você gostou deste artigo, autorizamos sua divulgação, desde que você concorde com nossa política de copyright. Envie um comentário Assunto: Comentário: 1000 Caracteres restantes Nome*: Publique meu nome como anônimo. E-mail*: Cidade*: Estado/País: * indica um campo obrigatório Instruções de envio Favor enviar-me a revista semanal de Chabad.org e novidades do site. Chabad.org não divulga seu e-mail a terceiros. Gostou daquilo que leu? Clique aqui para meios de ajudar a expandir nosso conteúdo judaico e ferramentas úteis. 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Aparência e Realidade
Por Rabino Yossef Zukin
Logo chegará Tu B’Shevat, o Ano Novo das Árvores, uma festa repleta de louvores, à terra de Israel e seus frutos e a D’us, que nos deu Sua Terra escolhida de onde seus olhos nunca se afastam, para Seus filhos numa herança eterna. Israel, o foco de desejo e aspiração do povo judeu, é uma terra de trigo e cevada e vinhedos e árvores de figo e romãs, e uma terra de oliveiras e mel de tâmaras. Foi contado por Rabi Shimon bar Iochai que as Doze Tribos receberam porções de terra por sorteio de acordo com seus atributos distintos, a ponto que os frutos de uma certa tribo diferiam em gosto dos frutos de uma outra tribo irmã. O Midrash relata a seguinte história ilustrando esse ensinamento: Aconteceu uma vez que o povo da cidade de Ludkia precisava muito de azeite. Eles apontaram uma pessoa para ir procurá-lo para eles, dizendo: “Vá e nos traga azeite na quantidade de cem vezes dez mil.” O homem partiu no seu caminho, perguntando a todos que encontrava onde poderia conseguir tamanha quantidade de azeite. Sua primeira parada foi Jerusalém, onde foi ao mercado. No meio do barulho dos mercadores gritando suas ofertas e compradores pechinchando os preços, ele anunciou bem alto, “preciso de azeite na quantidade de cem vezes dez mil.” Lhe disseram para ir à cidade de Tsor, onde poderiam lhe ajudar. Ao ouvir isso, o emissário de Ludkia se dirigiu imediatamente para Tsor e quando chegou foi novamente ao mercado anunciando sua necessidade urgente. No entanto ninguém em Tsor tinha essa quantidade gigantesca do produto. Eles sugeriram, entretanto, que ele continuasse a viagem até a cidade de Gush Chalav. Chegando em Gush Chalav, o homem mais uma vez foi ao mercado e anunciou sua necessidade. Lhe disseram para ir à casa de um certo residente daquela cidade. Com louvores a D’us e esperança que logo conseguiria cumprir sua missão, ele seguiu na direção do endereço que lhe deram. “O proprietário não está em casa agora, ele está cuidando de suas oliveiras,” foi a resposta que recebeu. Perseverante, o emissário seguiu até os campos de oliva a procura do mercador de azeite promissor. Finalmente, ele o encontrou e lhe contou, “Estou precisando de azeite na quantidade de cem vezes dez mil.” O homem não ficou nem um pouco alarmado com a quantidade absurda que o emissário solicitou. Calmamente ele pediu que o esperasse até terminar de trabalhar nas mudas de oliveira. Ao terminar, cuidadosamente guardou todas as suas ferramentas e voltou para casa junto com seu potencial comprador. Entretanto, o homem parecia realmente despreocupado. O emissário pensou, “Será que esse homem que está andando comigo, que passa o dia simplesmente cuidando de suas árvores, pode me fornecer essa quantidade toda de azeite? Tenho medo que tenha feito essa viajem toda para nada, pois certamente estou sendo vítima de uma terrível piada.” Os pensamentos do emissário começaram a mudar, entretanto, quando os dois homens alcançaram a casa do proprietário de oliveiras pois, quando entraram na casa, uma serva trouxe bacias de água quente para seu patrão lavar seus pés e mãos. Então ela trouxe um recipiente de ouro sólido cheio de azeite no qual ele submergiu seus pés e mãos. Depois, em pouquíssimo tempo, uma refeição deliciosa foi preparada e colocada sobre a mesa e então beberam e comeram. “Se você vier comigo,” falou o homem ao emissário, “terei muito prazer em medir o azeite que você precisa, agora.” O emissário o seguiu e observou em estado de choque enquanto ele media o azeite na quantidade de cem vezes dez mil. Virando-se para o comprador, o proprietário perguntou, “O senhor quer mais azeite?” O homem, perplexo, respondeu, “não tenho mais dinheiro comigo.” “Não importa,” lhe informou. “Terei prazer em medir o azeite para o senhor e lhe acompanhar até sua cidade onde poderei receber o restante do pagamento.” E assim sendo, o homem mediu novamente mais azeite, dessa vez chegando à medida adicional de dezoito vezes dez mil. Dizem que o comprador usou cada mula ou camelo disponível para transportar aquele volume fabuloso de azeite para sua cidade natal, onde foi recebido com um bem-vindo entusiasmado de seus companheiros e conterrâneos. Suas observações para eles foram as seguintes: “Louvem a única pessoa que tem crédito nessa história toda. Além disso, também estou lhe devendo dezoito vezes dez mil! Está escrito, ‘alguns parecem ricos e são pobres, enquanto outros parecem pobres, e no entanto são realmente muito ricos!” ImprimirEnvie esta página a um amigoCompartilhe isto ComentárioComentário O conteúdo desta página possui copyright do autor, editor e/ou Chabad.org, e é produzido por Chabad.org. Se você gostou deste artigo, autorizamos sua divulgação, desde que você concorde com nossa política de copyright.
Instrui ao menino no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele prov: 22-06
Êxodo 19-3 Casa de Jacob
Para melhor compreensão da diferença entre “casa de Jacob” e “filhos de Israel” mencionados nos texto bíblico, citaremos uma interessante interpretação do famoso exegeta Rashi, muito profundo e atual “casa de Jacob” quer dizer as senhoras, as mães, as esposas. Toda mulher sábia edifica a sua casa e a tola destrói com as próprias mãos prov: 14-1 Deus quis que as primeiras palavras de Moisés fossem dirigidas com muito tato, delicadeza e habilidade as mães, as esposas, pois Deus sabia perfeitamente que é as mães que cuida da educação dos filhos; é ela, pelo constante convívio com os filhos, quem orienta a formação moral do caráter; é a mãe quem dá ao seu lar o sentido de harmonia, de carinho e de cultura. Para os judeus minha casa é minha esposa, mulher virtuosa, á qual o rei Salomão dedicou o 31º capitulo dos seus famosos provérbios, só ela é dotada desse dom natural de fixar e dotar seus filhos de amor e respeito por idéias nobres, capazes de fazer de indivíduos educados uma sociedade instruída e culta.
No caso dos dez mandamentos, a base da civilização ocidental, só ela pode fazer dos filhos guardiões responsáveis e fiadores idôneos, para que os ensinamentos do Decálogo sejam respeitados e transmitidos as gerações futuras. Fonte: Torah A Lei de Moisés editora Sefer
Shabat Shirá
A leitura da Torá desta semana contém a "Canção do Mar" entoada pelos Filhos de Israel por ocasião de sua libertação dos egípcios, quando o Mar Vermelho se abriu para eles passarem e depois afogou os seus perseguidores. Por isso o Shabat é chamado Shabat Shirá, o "Shabat da Canção". Nossos Sábios nos dizem que os pássaros no céu acompanharam nossos ancestrais em seu canto; por este motivo costuma-se colocar comida para os pássaros neste Shabat (para evitar a transgressão das leis do Shabat, o alimento deve ser colocado antes do Shabat). Nossos Sábios ensinaram que a "Canção do Mar" sugere a Redenção, pois diz: "Então Moshê cantará com os Filhos de Israel…" Deste versículo Nossos Sábios derivam o princípio da Ressurreição dos Mortos na Era Messiânica, quando Moshê e todo o povo judeu se erguerá e entoará louvores a D’us. No entanto, a canção que entoaremos será diferente da Canção do Mar, como é relatado no seguinte Midrash: "Será dito naquele dia: 'Olhem, este é nosso D’us em Quem pusemos nossa esperança… este é o Eterno por Quem nós esperamos…'" Dizemos "este" quando algo está perante nossos olhos. Quando os judeus disseram: "Este é meu D’us", após a Abertura do Mar, foi porque eles realmente viram D’us, por assim dizer. Eles puderam apontar para Ele e dizer: "Este é meu D’us". Mas no futuro, haverá uma revelação adicional, portanto cantaremos "este" duas vezes. No Mar Vermelho, houve uma revelação dos milagres de D’us, e um evento sobrenatural ocorreu. Mas este tipo de revelação tem uma deficiência; o mundo não poderia contê-la. Foi possível somente porque D’us criou uma situação naquele instante na qual Seu poder ilimitado pôde ser revelado. Assim, quando a revelação e o milagre passaram, o mundo não tinha passado por qualquer mudança. Porém há um segundo tipo de revelação, quando a essência do mundo é revelada pelo que realmente é – energia Divina. D’us revela que as próprias leis da natureza, e até todo o mundo material – são pura Divindade. A vantagem desse tipo de revelação é que está dentro das limitações do mundo, é a verdade do próprio mundo. Quando esta verdade é revelada, é como solucionar um mistério. Pois, assim que o mistério é revelado, não é mais um mistério. Similarmente, uma vez que a Divindade intrinsecamente dentro do mundo é revelada, então não pode mais ser escondida, e todos vêem que D’us dirige e completa o mundo inteiro. Este tipo de revelação, o descobrir de tudo que está oculto, ocorrerá na futura redenção. ImprimirEnvie esta página a um amigoCompartilhe isto ComentárioComentário O conteúdo desta página possui copyright do autor, editor e/ou Chabad.org, e é produzido por Chabad.org. Se você gostou deste artigo, autorizamos sua divulgação, desde que você concorde com nossa política de copyright.
Torta de milho verde
CULINÁRIA
Ingredientes Massa · 100g de margarina · 1 ovo · 1 clara · Sal a gosto · 2 e 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo Recheio · 2 colheres (sopa) de óleo · 1 cebola pequena picada · 1 dente de alho picado · 3 latas de milho verde escorridas · 1 lata de creme de leite · 2 colheres (sopa) de amido de milho · 4 colheres (sopa) de leite · Sal e pimenta a gosto · Salsa picada a gosto Modo de preparo a Massa Em um recipiente, coloque a margarina, o ovo, a clara, o sal e a farinha e trabalhe a massa até que solte das mãos. Cubra e deixe descansar por 30 minutos. Recheio Em uma panela, aqueça o óleo, doure a cebola e o alho. Junte o milho verde e refogue por 3 minutos. Deixe esfriar um pouco e bata metade do milho no liquidificador. Volte à panela com restante do milho, junte o creme de leite, o amido de milho dissolvido no leite, o sal, a pimenta e mexa sem parar no fogo brando até engrossar. Desligue o fogo, misture a salsa e deixe esfriar. Montagem Abra a massa com um rolo e forre o fundo e as laterais de uma fôrma de 20 cm de diâmetro com fundo removível. Reserve um pouco de massa para a decoração. Coloque o creme de milho, decore com as tiras de massa e leve para assar no forno preaquecido a 200ºC por 35 minutos aproximadamente ou até dourar. Dica: Essa torta fica uma delícia servida com filés de frango grelhados e salada de folhas verdes.
O Que Há de Errado Com os Políticos?
Por Elisha Greenbaum
Há muitos homens e mulheres notáveis que se distinguiram no serviço público. O que lhes permite serem bem-sucedidos enquanto outros falham? Para dar uma pincelada geral, pode-se sugerir que há dois tipos diferentes de políticos. O primeiro tipo é o vilão por excelência, que não tem vergonha de encher o próprio bolso. Eles podem falar bonito em público; podem fazer todos os barulhos certos sobre transparência e responsabilidade enquanto tentam ser eleitos. Mas se os conhecer pessoalmente, você logo verá que não existe uma só fibra de altruísmo neles. Um subconjunto dessa primeira classe é o sujeito incompetente que é esperto o suficiente para abrir caminho na política apesar de sua incapacidade, e tem astúcia bastante para permanecer lá durante décadas, assaltando o bolso público. Eles jamais sobreviveriam no mundo comercial, onde as pessoas são julgadas pelos resultados e onde o fracasso é recompensado com a demissão, não com uma pensão vitalícia. O segundo tipo de político falho é o indivíduo honesto, bem intencionado, realmente dedicado, que deseja fazer uma diferença e deixar uma influência positiva no mundo. Eles trabalham bastante pela causa comum, e sacrificam família e saúde em sua dedicação aos constituintes. Certamente são bem intencionados, mas dificilmente atingem a longevidade. Como mariposas consumidas pela chama do próprio altruísmo, eles tendem a se queimar rapidamente e, muito depressa, desaparecem da vida pública, tendo ficado sem idéias e achando impossível manter seus altos padrões. Um verdadeiro líder está acima da divisão de uma dessas duas opções. Seu foco é servir aos outros, mas não se esquece da necessidade de auto-realização e auto-melhoramento no processo. Certa vez ouvi o secretário do Rebe, Rabi Menachem Mendel Schneerson, de abençoada memória, descrever a rotina do Rebe. Ele enfatizou que juntamente com todos os seus esforços comunitários, estratégias internacionais, pronunciamentos públicos e atenção a indivíduos e grupos, mesmo assim o Rebe reservava a maior parte de seu dia, diariamente, para estudo privado. Fomos apresentados a Moshê, o maior líder da história e o homem que por si só inspirou uma nação e nos levou do sofrimento à oportunidade. A Torá registra que a partir do momento em que ele nasceu “ele era bom”. Os comentaristas explicam que esta “bondade” essencial poderia ser observada em duas maneiras diferentes: 1) Ele nasceu circuncidado, 2) quando ele nasceu a casa inteira ficou repleta de luz. Eu sugeriria que esses dois milagres representam a grandeza que foi Moshê, e demonstra suas qualidades essenciais como líder dos homens. Um líder é uma luminária, enchendo o aposento com a luz de sua personalidade. Liderança é o ato de estar ali para os outros, e causar impacto em suas vidas para o melhor. Mesmo quando jovem Moshê foi marcado como embaixador da bondade e gentileza, e para sempre seu brilho reluziu na vida de seu povo. Porém um líder não pode apenas falar com outros; ele tem de se tornar um modelo de excelência por direito próprio. Quando circuncidamos nossos filhos os transformamos em judeus completos, tanto física quanto espiritualmente. O fato de Moshê ter nascido circuncidado demonstra que ele tinha atingido sua própria medida de perfeição, e assim teve o direito de tentar influenciar os outros. Todos nós temos a capacidade de realização, e a responsabilidade e capacidade de liderar. Nosso maior propósito na vida é fazer contato e levar a luz do Judaísmo aos corações e mentes de todos. No entanto, temos uma responsabilidade concomitante de assegurar que nossa própria casa espiritual esteja em ordem e que façamos jus aos ideais que abraçamos publicamente. Se pudermos operar nessas duas frentes como uma, então correspondemos aos padrões de nosso líder Moshê, e estamos trilhando seu caminho de bondade. Por Elisha Greenbaum Rabino Elisha Greenbaum é líder espiritual da Congregação Hebraica Moorabbin e co-diretor de L’Chaim Chabad em Moorabbin, Victória, Austrália. O conteúdo desta página possui copyright do autor, editor e/ou Chabad.org, e é produzido por Chabad.org. Se você gostou deste artigo, autorizamos sua divulgação, desde que você concorde com nossa política de copyright.
Moisés o Sacerdote ou ( Pastor) Que recompensa um Pastor deve receber?
Gn-6-13 O Eterno ordenou-lhe sobre os filhos de Israel, não nos é dito foi a ordem Divina, mas o Midrash revela-nos a resposta do eterno á decepção de Moisés e a espantosa lição de liderança que lhe transmitiu: "Assim é teu povo, Moisés! Um povo amargo, resmungão, teimoso, pessimista, e de pouca fé, pois deves aceitá-los com todos os seus defeitos, amá-lo e libertá-lo do jeito que ele é. É este o povo que deves libertar por momentos grandiosos, dando-lhe respeito e honra, lei e terra embora ciente de que a única recompensa que dele receberás serão ofensas e pedradas. A prende que a liderança, Moisés, é servidão, e não poder. A LEI DO RETORNO 7-17 Sangue aqui começam as dez famosas pragas que o Eterno Deus enviou aos egipcios. segundo o Midrash, cada praga foi um castigo pelo tratamento que os Israelitas sofreram nas mãos dos escravizadores. O Talmud: disse que a lei divina (a pessoa recebe o castigo e a recompensa do que faz) Este acontecimento são as vezes visivéis e comprovados pelos homens, outras vezes ficam ocultos. porém não devemos duvidar da justiça Divina mesmo quando as coisas nos parecem sem razão e emcompreensiveis á nossa mente. O sábio Hileu, vendo um crânio frutuano no rio, disse: "Porque afogaste outras pessoas foste afogado, e os que te afogaram viram, ao final, a ser afogados. Fonte: Torah a LEI de Moisés Editora Sefer
Instrui ao menino no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele prov: 22-06
Para melhor compreensão da diferença entre “casa de Jacob” e “filhos de Israel” mencionados nos texto bíblico, citaremos uma interessante interpretação do famoso exegeta Rashi, muito profundo e atual “casa de Jacob” quer dizer as senhoras, as mães, as esposas. Toda mulher sábia edifica a sua casa e a tola destrói com as próprias mãos prov: 14-1
Deus quis que as primeiras palavras de Moisés fossem dirigidas com muito tato, delicadeza e habilidade as mães, as esposas, pois Deus sabia perfeitamente que é as mães que cuida da educação dos filhos; é ela, pelo constante convívio com os filhos, quem orienta a formação moral do caráter; é a mãe quem dá ao seu lar o sentido de harmonia, de carinho e de cultura.
Para os judeus, minha casa é minha esposa, mulher virtuosa, á qual o rei Salomão dedicou o 31º capitulo dos seus famosos provérbios, só ela é dotada desse dom natural de fixar e dotar seus filhos de amor e respeito por idéias nobres, capazes de fazer de indivíduos educados uma sociedade instruída e culta.
No caso dos dez mandamentos, a base da civilização ocidental, só ela pode fazer dos filhos guardiões responsáveis e fiadores idôneos, para que os ensinamentos do Decálogo sejam respeitados e transmitidos as gerações futuras.
Fonte: Torah
A Lei de Moisés editora Sefer