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O BARATEIRO DE MARABÁ-PARÁ

sexta-feira, 16 de setembro de 2011


Autêntico hino de Marabá
Com letra de Pedro vale e Antonio Sarmento Júnior,
                                                                 E música de Moisés da Providencia Araújo.





Deslumbrante é o Marulhar do Tocantins
No soberbo e majestoso curso de beleza
Que as vistas cobiçosas do mundo desconhece
                                  Pois Deus o fez assim, disfarçado em singeleza

Deu-nos berço de bonança e de alegria
Por ter vivido aqui os seus ancestrais
Deus em fim ao povo a terra hospitaleira
Com os lauréis de gloria os Castanhais

Com o precioso presente imerso ao leito
Varias blendas como prêmio deu a natureza
Deu-lhe o ouro o cristal, o ferro e o Diamante
Na mais pura e vicejante seara da riqueza

És cidade relicária e graciosa
Imponente na história que palpita
Nos corações de teus filhos que cantam sem cessar
Marabá! Marabá! Terra Bendita...






quarta-feira, 14 de setembro de 2011

POESIAS

POESIAS

O cão sem plumas
João Cabral de Melo Neto
 
I. Paisagem do Capibaribe

A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.

O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão,
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.

Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.

Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.
Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos polvos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.

Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.

Abre-se em flores
pobres e negras
como negros.
Abre-se numa flora
suja e mais mendiga
como são os mendigos negros.
Abre-se em mangues
de folhas duras e crespos
como um negro.

Liso como o ventre
de uma cadela fecunda,
o rio cresce
sem nunca explodir.
Tem, o rio,
um parto fluente e invertebrado
como o de uma cadela.

E jamais o vi ferver
(como ferve
o pão que fermenta).
Em silêncio,
o rio carrega sua fecundidade pobre,
grávido de terra negra.

Em silêncio se dá:
em capas de terra negra,
em botinas ou luvas de terra negra
para o pé ou a mão
que mergulha.

Como às vezes
passa com os cães,
parecia o rio estagnar-se.
Suas águas fluíam então
mais densas e mornas;
fluíam com as ondas
densas e mornas
de uma cobra.

Ele tinha algo, então,
da estagnação de um louco.
Algo da estagnação
do hospital, da penitenciária, dos asilos,
da vida suja e abafada
(de roupa suja e abafada)
por onde se veio arrastando.

Algo da estagnação
dos palácios cariados,
comidos
de mofo e erva-de-passarinho.
Algo da estagnação
das árvores obesas
pingando os mil açúcares
das salas de jantar pernambucanas,
por onde se veio arrastando.

(É nelas,
mas de costas para o rio,
que "as grandes famílias espirituais" da cidade
chocam os ovos gordos
de sua prosa.
Na paz redonda das cozinhas,
ei-las a revolver viciosamente
seus caldeirões
de preguiça viscosa).

Seria a água daquele rio
fruta de alguma árvore?
Por que parecia aquela
uma água madura?
Por que sobre ela, sempre,
como que iam pousar moscas?

Aquele rio
saltou alegre em alguma parte?
Foi canção ou fonte
Em alguma parte?
Por que então seus olhos
vinham pintados de azul
nos mapas?


II. Paisagem do Capibaribe

Entre a paisagem
o rio fluía
como uma espada de líquido espesso.
Como um cão
humilde e espesso.

Entre a paisagem
(fluía)
de homens plantados na lama;
de casas de lama
plantadas em ilhas
coaguladas na lama;
paisagem de anfíbios
de lama e lama.

Como o rio
aqueles homens
são como cães sem plumas
(um cão sem plumas
é mais
que um cão saqueado;
é mais
que um cão assassinado.

Um cão sem plumas
é quando uma árvore sem voz.
É quando de um pássaro
suas raízes no ar.
É quando a alguma coisa
roem tão fundo
até o que não tem).

O rio sabia
daqueles homens sem plumas.
Sabia
de suas barbas expostas,
de seu doloroso cabelo
de camarão e estopa.

Ele sabia também
dos grandes galpões da beira dos cais
(onde tudo
é uma imensa porta
sem portas)
escancarados
aos horizontes que cheiram a gasolina.

E sabia
da magra cidade de rolha,
onde homens ossudos,
onde pontes, sobrados ossudos
(vão todos
vestidos de brim)
secam
até sua mais funda caliça.

Mas ele conhecia melhor
os homens sem pluma.
Estes
secam
ainda mais além
de sua caliça extrema;
ainda mais além
de sua palha;
mais além
da palha de seu chapéu;
mais além
até
da camisa que não têm;
muito mais além do nome
mesmo escrito na folha
do papel mais seco.

Porque é na água do rio
que eles se perdem
(lentamente
e sem dente).
Ali se perdem
(como uma agulha não se perde).
Ali se perdem
(como um relógio não se quebra).

Ali se perdem
como um espelho não se quebra.
Ali se perdem
como se perde a água derramada:
sem o dente seco
com que de repente
num homem se rompe
o fio de homem.

Na água do rio,
lentamente,
se vão perdendo
em lama; numa lama
que pouco a pouco
também não pode falar:
que pouco a pouco
ganha os gestos defuntos
da lama;
o sangue de goma,
o olho paralítico
da lama.

Na paisagem do rio
difícil é saber
onde começa o rio;
onde a lama
começa do rio;
onde a terra
começa da lama;
onde o homem,
onde a pele
começa da lama;
onde começa o homem
naquele homem.

Difícil é saber
se aquele homem
já não está
mais aquém do homem;
mais aquém do homem
ao menos capaz de roer
os ossos do ofício;
capaz de sangrar
na praça;
capaz de gritar
se a moenda lhe mastiga o braço;
capaz
de ter a vida mastigada
e não apenas
dissolvida
(naquela água macia
que amolece seus ossos
como amoleceu as pedras).


III. Fábula do Capibaribe

A cidade é fecundada
por aquela espada
que se derrama,
por aquela
úmida gengiva de espada.

No extremo do rio
o mar se estendia,
como camisa ou lençol,
sobre seus esqueletos
de areia lavada.

(Como o rio era um cachorro,
o mar podia ser uma bandeira
azul e branca
desdobrada
no extremo do curso
ou do mastro do rio.

Uma bandeira
que tivesse dentes:
que o mar está sempre
com seus dentes e seu sabão
roendo suas praias.

Uma bandeira
que tivesse dentes:
como um poeta puro
polindo esqueletos,
como um roedor puro,
um polícia puro
elaborando esqueletos,
o mar,
com afã,
está sempre outra vez lavando
seu puro esqueleto de areia.

O mar e seu incenso,
o mar e seus ácidos,
o mar e a boca de seus ácidos,
o mar e seu estômago
que come e se come,
o mar e sua carne
vidrada, de estátua,
seu silêncio, alcançado
à custa de sempre dizer
a mesma coisa,
o mar e seu tão puro
professor de geometria).

O rio teme aquele mar
como um cachorro
teme uma porta entretanto aberta,
como um mendigo,
a igreja aparentemente aberta.

Primeiro,
o mar devolve o rio.
Fecha o mar ao rio
seus brancos lençóis.
O mar se fecha
a tudo o que no rio
são flores de terra,
imagem de cão ou mendigo.

Depois,
o mar invade o rio.
Quer
o mar
destruir no rio
suas flores de terra inchada,
tudo o que nessa terra
pode crescer e explodir,
como uma ilha,
uma fruta.

Mas antes de ir ao mar
o rio se detém
em mangues de água parada.
Junta-se o rio
a outros rios
numa laguna, em pântanos
onde, fria, a vida ferve.

Junta-se o rio
a outros rios.
Juntos,
todos os rios
preparam sua luta
de água parada,
sua luta
de fruta parada.

(Como o rio era um cachorro,
como o mar era uma bandeira,
aqueles mangues
são uma enorme fruta:

A mesma máquina
paciente e útil
de uma fruta;
a mesma força
invencível e anônima
de uma fruta
trabalhando ainda seu açúcar
depois de cortada
.

Como gota a gota
até o açúcar,
gota a gota
até as coroas de terra;
como gota a gota
até uma nova planta,
gota a gota
até as ilhas súbitas
aflorando alegres).


IV. Discurso do Capibaribe

Aquele rio
está na memória
como um cão vivo
dentro de uma sala.
Como um cão vivo
dentro de um bolso.
Como um cão vivo
debaixo dos lençóis,
debaixo da camisa,
da pele.

Um cão, porque vive,
é agudo.
O que vive
não entorpece.
O que vive fere.
O homem,
porque vive,
choca com o que vive.
Viver
é ir entre o que vive.

O que vive
incomoda de vida
o silêncio, o sono, o corpo
que sonhou cortar-se
roupas de nuvens.
O que vive choca,
tem dentes, arestas, é espesso.
O que vive é espesso
como um cão, um homem,
como aquele rio.

Como todo o real
é espesso.
Aquele rio
é espesso e real.
Como uma maçã
é espessa.
Como um cachorro
é mais espesso do que uma maçã.
Como é mais espesso
o sangue do cachorro
do que o próprio cachorro.
Como é mais espesso
um homem
do que o sangue de um cachorro.
Como é muito mais espesso
o sangue de um homem
do que o sonho de um homem.

Espesso
como uma maçã é espessa.
Como uma maçã
é muito mais espessa
se um homem a come
do que se um homem a vê.
Como é ainda mais espessa
se a fome a come.
Como é ainda muito mais espessa
se não a pode comer
a fome que a vê.

Aquele rio
é espesso
como o real mais espesso.
Espesso
por sua paisagem espessa,
onde a fome
estende seus batalhões de secretas
e íntimas formigas.

E espesso
por sua fábula espessa;
pelo fluir
de suas geléias de terra;
ao parir
suas ilhas negras de terra.

Porque é muito mais espessa
a vida que se desdobra
em mais vida,
como uma fruta
é mais espessa
que sua flor;
como a árvore
é mais espessa
que sua semente;
como a flor
é mais espessa
que sua árvore,
etc. etc.

Espesso,
porque é mais espessa
a vida que se luta
cada dia,
o dia que se adquire
cada dia
(como uma ave
que vai cada segundo
conquistando seu vôo).

domingo, 11 de setembro de 2011

O “Aluminum Show” é um espetáculo que combina teatro de objetos, artes plásticas, ficção científica, reciclagem e humor. Após a sua estreia, em Jerusalém, no “Festival de Israel”, o projeto ganhou reconhecimento internacional e, desde então, já foi aplaudido por mais de um milhão de espectadores pelo mundo. A trupe israelense vem ao Brasil, pela primeira vez, para apresentações em Aracaju (15 de setembro - Teatro Tobias Barreto); Maceió (17 de setembro - Teatro Gustavo Leite), Recife (18 de setembro - UFPE), Salvador (20 de setembro - Teatro Castro Alves), Fortaleza (22 de setembro - Teatro Via Sul), Belo Horizonte (25 de setembro - Espaço 104), Curitiba (26 de setembro - Teatro Positivo), São Paulo (27 de setembro - Teatro Abril), Goiânia (29 de setembro - Teatro Rio Vermelho). A turnê tem o apoio da Embaixada de Israel.
Entrevista com Ilan Azriel, criador e
diretor-artístico do Aluminum Show
:
Como surgiu a idéia de transformar descarte industrial de alumínio em arte?
Há dez anos eu fui a Las Vegas com um pequeno show meu e lá fui influenciado pelos grandes espetáculos locais. Dois anos após essa visita a Vegas, fui incentivado por minha esposa Ella a criar um show com material industrial e, nessa busca por um material diferente encontrei os tubos metálicos que são usados como dutos de ar-condicionado. Comecei a brincar com esse material leve e flexível e me “apaixonei” por ele. Muitas das idéias que compõem o show atual surgiram aí. O alumínio pode ganhar vida com movimentos e efeitos especiais diferentes como ar; robótica, maquinário instrumental que desenvolvemos para o espetáculo e, claro, com o virtuosismo dos integrantes do grupo.
Como você descreveria o “Aluminum Show”?
É muito difícil descrever o show em palavras porque ele é um gênero único. Eu quis criar um show diferente com uma linguagem única e nunca experimentada antes. Os elementos que compõem o show são a música, iluminação, efeitos especiais, tecnologia e movimento. O espetáculo é composto por camadas intercaladas. A primeira fala sobre a conexão do homem com a tecnologia: quem influencia quem e onde isso pode nos levar. A segunda transporta a platéia em uma viagem por um mundo diferente, o “Aluminum Show”, onde cada espectador pode usar sua imaginação para transformar o que ele vê no palco em uma estória própria. A camada mais definida é a trama principal em que um personagem do “Aluminum” viaja por um estranho mundo e faz amizade com personagens humanos. Alguns verão a estória, outros terão absorvido as músicas e os efeitos visuais. Para mim, nossa meta é que as pessoas gostem do espetáculo e se divirtam com ele.
O que vocês esperam da turnê brasileira?
Estamos ansiosos, essa será nossa primeira visita ao país. De tudo que ouço, é que o Brasil é um país lindo com intensas diferenças entre os estados, cidades e regiões que o tornam diverso e super interessante – culturas, cores e sabores de todos os tipos. Os brasileiros são famosos por sua paixão pela música, dança e futebol. Imagino que vocês sejam um povo caloroso que ama a vida e a vive com muito amor e, por isso, acho que vão gostar do “Aluminum Show” pela reunião de música, movimento, humor, interação com a plateia, e garantia de diversão.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

08 Setembro, 2011


A Câmara Municipal de Marabá vai realizar concurso público para o preenchimento de 27 vagas, as inscrições serão recebidas até às 18:00 horas do dia 7 de outubro, no site www.fadesp.org.br.  As taxas de inscrições serão de R$ 40,00 para concorrer aos cargos de nível Fundamental, R$ 48,00 para Médio e de R$ 56,00 para Superior.
As provas objetivas terão a duração de 04 horas e serão aplicadas na data prevista de 23 de outubro, no turno da manhã, das 8 às 12 horas, para todos os cargos de nível Fundamental e nível superior, e, no turno da tarde, das 14h30 às 18h30, para os cargos de nível médio. Desta forma o candidato poderá se inscrever, separadamente, e realizar as provas objetivas nos dois períodos, para cargos de nível de escolaridade em horários de provas diferentes. As provas objetivas do concurso da Câmara compreenderão avaliação de conhecimentos, através da aplicação de prova objetiva de questões de múltipla escolha, de caráter eliminatório e classificatório.


Para o nível superior, as provas terão questões de Língua Portuguesa (10), Noções de Informática (10), Noções de Meio Ambiente (5), Conhecimentos Específicos 25). Para o nível médio, serão 10 questões de Língua Portuguesa, 10 de Matemática, 10 de Noções de Informática e 25 de conhecimentos específicos. Par ao nível fundamental, serão 15 questões de Língua Portuguesa, 15 de Matemática e 20 de Conhecimentos Gerais.
Os cargos ofertadas para candidatos com ensino fundamental são Agente de Portaria (5 vagas), com salário de R$ 674,10; motorista (1 vaga), com salário de R$ 2.808,75.
Para o nível médio, a Câmara oferece 10 vagas de agente administrativo, com salário de R$ 1.123,50; para Técnico Legislativo são 6 vagas, com salário de R$ 2.808,75; uma vaga para Técnico em Contabilidade e duas para Técnico em Processamento de Dados, ambos com salário de R$ 2.808,75.
Para o nível superior são duas vagas, uma para advogado e uma para contador, com salário de R$ 2.696,40, mais adicional de 100%. Para esses dois cargos os candidatos precisam ter inscrição no conselho da categoria.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ladrão invade casa de idosa de 91 anos, não encontra nada para roubar então deixa dinheiro


Depois de vasculhar armários e gavetas e ver como a pensionista Zinaida Makarov, de 91 anos, vivia em estado de plena pobreza. Um ladrão que tinha a intenção de roubar sua casa ficou com pena da idosa e antes de ir embora sem levar nada deixou um bilhete e uma nota de 500 rublos (28 reais).
Quando a mulher chegou a sua casa na al­deia russa de Sosnovka, ela logo percebeu que alguém havia entrado ali. Então foi olhar suas coisas para ver o que estava fal­tando, quando se preparava para ir chamar a polícia se surpreendeu ao encontrar tudo no lugar e em cima da mesa da cozinha viu uma cédula de 500 rublos enrolada em um pe­queno bilhete que dizia: - “Isto é para Você
“Vovó”! O in­vestigador da polícia do lo­cal, Anatoly Gorbunov, disse que em seus 40 anos de atividade policial, nunca viu um roubo como tal.
- “Apesar do fato de que o ladrão tenha aju­dado a senhora, vamos atrás dele porque é certo que vai roubar em outro lugar”, disse Gorbunov.
Zinaida pretende emoldurar o bilhete e colo­car em um lugar visível de sua casa para que as pessoas tenham evidências do roubo in­comum que aconteceu com ela.

domingo, 4 de setembro de 2011

Água do mar Morto pode reduzir açúcar no sangue


Uma rápida imersão no mar Morto ajuda a reduzir os níveis de açúcar no sangue e pode melhorar as condições médicas dos diabéticos. Este foi o resultado preliminar de um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Ben Gurion, em coordenação com o Centro Médico Soroka de Beer Sheva. As propriedades das águas extremamente salgadas do mar Morto são conhecidas e servem, por exemplo, para o tratamento de doenças como a psoríase. Os cientistas também comprovaram que a imersão não afetou outros valores do sangue dos indivíduos analisados, incluídos os níveis de insulina e hormônios de cortisona, assim como de peptídeo C, uma substância que em quantidade igual à insulina é liberada pelo pâncreas na corrente sanguínea.